segunda-feira, 18 de março de 2013

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Nada é para mim
nenhum verso lançado ao mar
só há conversas tolas
de boteco

a vida agora não é chão oceânico
é fundo de rede
e os cinco dias de contas e palavras

não gosto de cicatrizes
nem textos viscerais 
gosto da leveza e da brevidade

O neoclassicismo me corrompe
sou facilmente adulterada
pelo além do horizonte

malas prontas
e correntes ao pé da cama
tudo o que não posso explicar
revisita
estante
livros
verbo
e ponto final
ou talvez reticências?