Aprendi a usar a língua cedo
não para beijos,
nem para colar selos.
Portuguesa sem Camões.
O coração se criou sozinho
entre ninhos de cobras e de corujas.
Noturna.
Tenho um sol percorrendo avenidas todas as manhãs
e quando é mais tarde me estende a mão, o braço e o consolo.
Solo
duo
e a vida fala
em um triângulo hermético.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
domingo, 5 de janeiro de 2014
O capoeira
Uma rasteira
o capoeira ensinou
a não fazer manha nem birra
mas fugi do batizado.
Não aprendi a lutar
nem a dançar direito
mas danço
e planto manhãs.
O relógio dourado na parede denuncia:
é preciso nascer o dia!
Quero mesmo é a madrugada
vazia
e repleta de sinceridades adormecidas.
O mestre há de me acordar
vai mandar tocar o Berimbau...
eu fujo de novo
não sou de canções
gosto do quintal vasto para me esconder.
Na vida, é preciso garantir o esconderijo.
O riso.
O meio.
E o receio.
Senão tudo é abismo.
o capoeira ensinou
a não fazer manha nem birra
mas fugi do batizado.
Não aprendi a lutar
nem a dançar direito
mas danço
e planto manhãs.
O relógio dourado na parede denuncia:
é preciso nascer o dia!
Quero mesmo é a madrugada
vazia
e repleta de sinceridades adormecidas.
O mestre há de me acordar
vai mandar tocar o Berimbau...
eu fujo de novo
não sou de canções
gosto do quintal vasto para me esconder.
Na vida, é preciso garantir o esconderijo.
O riso.
O meio.
E o receio.
Senão tudo é abismo.
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