domingo, 16 de agosto de 2015

Poema e narrativa ou poema narrativo para Giovanna

Nas asperezas dos descaminhos
encontro encantos e delicadezas
nos doces, no jeito discreto e simpático de sorrir,
no mar de ondas calmas.

Há dores por todos os lados,
previsões de desastres,
lamentações infinitas...

descarto todas as pedras
e perdas.
Descarto.

Há areia do tempo pedindo cheiro de lavanda.

Há a chuva implorando lá fora para que agosto passe depressa.

Há um tear esperando o fio e palavras.

Houve um desvio, mas a vida se encarregou de desviar para outro rio...que corre depressa para desaguar em outros mares.

Há sua voz serena chamando em sonho e o seu sol fará morada em um breve espaço.

As corujas fazem duetos em meu quintal, tudo aqui é natureza. Verás quando amanhecer...

A noite agora finda, só os grilos invadem este silêncio, procuro pontos finais para não pensar em suas canções de ninar.

Pego colchetes emprestados, digo adeus aos versos.

Espero o passo,
eu não me apresso e me descalço.

Sento, leio uma história para você.

Espero outras tantas para contar...

Adormecer...

repousar...

A noite agora finda...