Nas asperezas dos descaminhos
encontro encantos e delicadezas
nos doces, no jeito discreto e simpático de sorrir,
no mar de ondas calmas.
Há dores por todos os lados,
previsões de desastres,
lamentações infinitas...
descarto todas as pedras
e perdas.
Descarto.
Há areia do tempo pedindo cheiro de lavanda.
Há a chuva implorando lá fora para que agosto passe depressa.
Há um tear esperando o fio e palavras.
Houve um desvio, mas a vida se encarregou de desviar para outro rio...que corre depressa para desaguar em outros mares.
Há sua voz serena chamando em sonho e o seu sol fará morada em um breve espaço.
As corujas fazem duetos em meu quintal, tudo aqui é natureza. Verás quando amanhecer...
A noite agora finda, só os grilos invadem este silêncio, procuro pontos finais para não pensar em suas canções de ninar.
Pego colchetes emprestados, digo adeus aos versos.
Espero o passo,
eu não me apresso e me descalço.
Sento, leio uma história para você.
Espero outras tantas para contar...
Adormecer...
repousar...
A noite agora finda...
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