Cada um guarda sua dor.
Uns em gavetas.
Outros na alma.
No céu.
No ventre.
São tantos ais.
Guardo as minhas lamentações em alpendres,
deixo as redes embalando, fazendo vento e canções.
Não sei fazer consolo,
não sei cantar,
não sei amar direito.
Mas lá vem de novo o vento,
traz fermento, traz semente,
e de repente, doce verbo é nascente.