segunda-feira, 14 de julho de 2014

Poema para elas


Cada um guarda sua dor.
Uns em gavetas.
Outros na alma.
No céu.
No ventre.
São tantos ais.

Guardo as minhas lamentações em alpendres,
deixo as redes embalando, fazendo vento e canções.

Não sei fazer consolo,
não sei cantar,
não sei amar direito.

Mas lá vem de novo o vento,
traz fermento, traz semente,
e de repente, doce verbo é nascente.

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