sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Sol noturno

I

Desencadeei candeeiros
Em face de uma noite escura.
Em mim há floreios
Da vida que nos traz armaduras.

 
Plantei um canteiro,
Em um dia que resolveu fazer sol.
Fiz barcos,
Cantei,
Quando apenas sabia dançar.
 
Fiquei só.
Fiz remo, então.
Fiz canção, poesia.

Musicar caminhos é possível,
Só não é possível ser perecível,
Quando o corpo... sei que é.


II

E a alma?

Minha alma anda
Em moinhos,
Na encosta,
 
...
 
Minha alma se desnuda
e debruça
na maré.
 
E se o sonho soluça
a solução é:
a minha alma segue a pé.
 
 

 

 

 

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