Um caminhão espera.
organizo caixas e embaralho as ideias.
Na vila,
o verde
o lago
a travessia
e um sol bonito para caminhada
Mas,
na vila
não estará Tuffy, nem Seu Chico...
Nem a matriarca elegante e tristonha...
Nem o patriarca (do outro lado) com a ufologia, a ditadura enraizada, os resmungos e o cheiro ruim de cigarro.
Na vila,
não haverá o banco de praça,
nem o Pau-Brasil,
nem as cantorias do passado.
Na vila,
outras vozes desafinarão
e cria-se uma ilusão
de que o mundo é um mundo de paz.
E aqui jaz o número 8844
o pé de jambo, a goiabeira
as cocadas, o iogurte de pote e o bolo de chocolate de placa.
Na vida,
há que se deixar a vida para trás.
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