Não há cura
Para um mal
Peguei a lavanda
Como água e sal
Estanca
Dobrei as vestes
Uma a uma
Flores silvestres cravadas no quintal
Lágrimas mínimas
Não sangrarei um oceano
Oceania de pássaros
Revoada
Vou
bailarinando os danos
Pendurarei
os planos no varal
Ventania escreve
as lições em sua pele
Vilã
Vil
tantos sóis
plantarei
fora da vida
nascente
das saídas
água
é corrente
Juliana Trentini
Juliana Trentini e suas poesias que encantam. Encantamento. Lê-las, em um segundo plano, dá uma boa ideia de como estabelecer um bom parametro nessa exposicao de sentimentos do personagem. Quando escrevo sempre creio estar "passando do ponto", ou "longe do ponto" onde se quer chegar nessa relação emissor-receptor da mensagem... Bem, o "ponto" muitas vezes não interessa, e sim a riqueza de um texto como esse, a beleza das palavras, independente da sinceridade do personagem (seja esta uma emoção autêntica ou inventada, não interessa, a criação é sua, e não precisa ser sobre você). Sua poesia me faz mais que voar, mas além disso, mover-me do lugar comum com os pés no chão. Parabéns.
ResponderExcluirCaramba Isaac. Você sempre me deixa sem palavras...
ResponderExcluirObrigada =)
Amiga! suas poesias são lindas.
ResponderExcluirmomento de introspecção
me sinto mais leve agora, no final do dia!
bjks
Brigada Janine =******
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