Aperitivo Poético

sábado, 5 de outubro de 2013

perdi o tato com as palavras
sinestesia sem sabor
preparo, aprumo e rimo
e o verso é um deserto

vazio

uma canção ao longe
percussão
sem muito brio

vazio

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Perdas

Como diz Lia Luft: "Com as perdas só há um meio senão perdê-las."

Por saber perder é que observo a respiração, conto até dez e começo de novo; por vezes reclamo, falo alto, berro! Outras vezes basta um olhar ou o silêncio sepulcral verbalizando palavras ocultas, inauditas, cortando rente suas incertezas e seu medo.

Antes me desesperava com a fuga, com o esconderijo, tinha medo do escuro, tinha medo do desconhecido, hoje percebo que basta acender a luz e as coisas estarão sempre no mesmo lugar, pois tudo que vai, volta, assim como as ondas do mar.

(Juliana)

Lya Luft

"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem."

sábado, 5 de outubro de 2013

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Qualidade de vida

acho que estou pedindo uma coisa normal