domingo, 9 de agosto de 2009
Diário da Ju
Hoje a fala é totalmente autobiográfica, estava meio jururu como muitas vezes em minha vida, tenho uma tendência poética à melancolia, não vejo isso de uma maneira negativista, acho a melancolia um charme.
Sou uma blogueira, adoro ler os blogs alheios, fiz um comentário no de uma colega que falava sobre o amor bobo... o comentário dizia o seguinte:
“O amor é mesmo bobo, desarruma cama, casa, deixa a gente com tantas asas que caímos com mais velocidade e por mais bobo que ele seja, é sempre mais esperto que nós mesmos.“
E esse todo bobo amor que carrego em mim tem me preparado cada armadilha e tenho ganhado vários puxões de orelha de minha mãe, ela ainda não se adaptou a modernidade do “ficar” e não entende que eu tenho tanto amor, mas tanto amor pra dar que eu posso compartilhar com várias pessoas “ao mesmo tempo”... chega de me denunciar. Ai vai um tema roubado do blog que tem cheiro de café:
Segredos de amor bobo
Um convite. E a resposta: “– Certo, eu vou!- “ Foi! Conversas sem fins lucrativos, TV e ventilador de teto ligados e os olhares... “Apaga a luz!” (bem Marisa Monte). Ele apagou e acendeu suas vontades, a timidez ainda tomava conta do comportamento feminino da garota, havia o toque expressivo e desajeitado dos dedos e o riso vinha com a ansiedade enfeitar o seu rosto delicado. – Do que você está rindo?- perguntou ele. – Nada!- E não era nada mesmo, era reflexo do medo de se envolver, mas já estavam envolvidos. Não era amor, nem paixão, era um gostar sem nomenclatura.
Ela passou a noite furtando o seu lençol, volta e meia acordava e percebia o “crime” cometido, se aproximava e dividia o tecido, enlace, perfume. De manhã quase tarde, rostos virados para disfarçar o hálito (nem tudo é perfeito), muitos abraços. Depois, ela foi para casa, passaram a se desencontrar nos dias em que se seguiram. “você invade mais um lugar onde eu não vou”. Ela mudou-se para um interior distante, sem tempo para despedidas, não houve comunicação.
Ele continuou com sua vida notívaga, conheceu alguém, começou a namorar, gostava mas não amava (só pra variar). Ela voltou, mas ele não havia esperado. Ambos sentiram falta do affair mal acabado que haviam tido. Ele sentia falta dela roubando seu lençol, ela sentia falta do que nunca pode sentir por ele. Ele permaneceu com sua namorada, eles nunca mais conversaram e continuaram a invadir os mesmos espaços...” há um desencontro, veja por esse ponto”, um encontro desencontrado, ou vários...segredos de liquidificador, lençol, travesseiros, medos, um amor bobo que nunca se permitiu ser amor de verdade e acabou assim como os que são de fato.
(Juliana Trentini)
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Essa foto com esse texto foram um casamento perfeito! Tuuuuudo!!!
ResponderExcluirando mal intencionada...ou bem, depende do referencial rs
ResponderExcluiramigaaa acho q vc tá muuuito bem intencionada!!!
ResponderExcluir;D
Escreve muito bem. Parabéns
ResponderExcluirComo é que se bate palmas por aqui em?
ResponderExcluirSimplismente perfeito o modo como vc conseguiu tirar tanta profundidade da superficialidade.
Parabéns mesmo, quero o livro que escrever!!!
Pessoas, vocês são muito gentis...cada comentário me faz querer escrever mais e mais.
ResponderExcluirObrigada!
=*