quarta-feira, 13 de abril de 2011

Paixões










As poucas vezes que amou, amou à primeira vista. Bastava enxergar os olhos e saberia dizer se ali se plantariam sonhos e poesia.

Músicas, risos, muitas, muitas pessoas, mas o pensamento se guiava apenas em uma direção, respeitando o céu que desabava e acolhia.

Mãos de afagos delicadamente moldadas, unhas sempre pintadas, perfumes, doces, dança e muito cheiro no cangote, como se ninho fosse.

Para tempos depois abrigar-se em um oceano de desilusões.

Até que resolveu inverter suas paixões, deixando de lado seus impulsos, trocou o calor pelo frio e o tempo encarregou-se de mudar as estações.

"o meu coração atira no alvo errado e acerta"

(Juliana Trentini)


Aperitivo poético:

homens

um vem
e nem é bem tratado

o outro
mantido a pão-de-ló
deixa-me só


Líria Porto

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