domingo, 30 de março de 2014

Espelhos

Vejo tanta beleza na feiura.
Vejo tantas possibilidades nas negativas.

Cansa-me
esse mundo de Narcisos.

Espelhos...
Espelhos...
Espelhos...

É água.
É fundo de rio.

Espero
que a chuva leve...
os olhos, o vidro,
a passagem.
A beleza esgarça
e o vazio consome
o homem que insiste em esvaziar. 

Espero que a chuva leve.
E eleve
as almas desgastadas pela imagem.









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