domingo, 30 de março de 2014

Minha lírica

A lírica do moribundo
Manuel
Ariès
Elias
Rodrigo
Freud

Eles são tantos
e eu fiquei sozinha no mundo.

Tento consertar as janelas que a chuva deteriorou.
Não nasci para a carpintaria.
Não nasci para os prazos.
Há dardos que não lancei...

Mas a vida joga os dados por mim
e compõe uma lírica desengonçada,
desastrada - como sempre fui -
nesse tabuleiro cujo o destino escolheu.






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