quinta-feira, 13 de março de 2014

Queimo os dedos.
Sempre fui desastrada,
tropeços,
quedas na escada.
Não esqueço da cena,
chego atrasada na sala,
sento, derrubo a mesa e os livros.
- Clarice deveria mudar o título de: ''Desastres de Sofia'' para ''Desastres de Juliana.''

Não discordo.
Recentemente aprendi a não discordar de nada.
Quão felizes são aqueles que ignoram ou os que esquecem.
Mas eu não sei esquecer
e desgosto mais do mundo.

O ponta pé, a rasteira, o corte no telefone.
Hipertiméstica. 
Fardo.
Mas dizem que ''Deus nunca nos dá um fardo que não possamos carregar.''
E levo comigo: a lembrança, a tristeza e a cruz. 



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