Tudo é cultural, tudo é estranhamento. Os fins e os começos são apenas meios, meios de se estabelecer uma organização definida, repartida, compartilhada e nomeada. Alguns chamam de companheirismo, outros de amizade, outros de amor, outros de paixão ou pode ser tudo misturado, ou pode ser nada, ilusão, pó.
O poeta é tão ilusionista que ele expõe o que quer. A verdade é a forma de ludibriar o que está nas entrelinhas, o mistério não é segredo, é o sobretudo que protege o corpo do frio no inverno e ainda tem um certo charme, o ser que escreve é só mais um medroso, porém melindrosamente deposita seus medos de maneira organizada e carrega a cruz e sangra e renasce.
Morre todos os dias, pega a vassoura, a pá e junta a poeira e deposita no lixo mental, filtra as palavras e o sumo vira verbo, verso, vento, visão, voz...
Alitera os recursos de ser humano, entender o plano sensível não é chorar, é entender que a palavra não é apenas mais uma palavra, é um jogo, uma cena. E se jogamos diariamente com as articulações verbalizadas, imagine as sensoriais, as corpóreas.
O estranhamento é poesia crua que se veste nesse cotidiano ordinário e quem estranha faz piada do sofrimento quando na verdade é só mais uma pessoa cheia de fraquezas. E de tanto andar na corda bamba, cai no samba e compreende que quem escreve, sonha e dança, é deveras mais feliz.
Será que existe realmente algo para se comentar sobre isso?! :O
ResponderExcluirconstrução e desconstrução! já diria nietzsche: a arte existe para que a razão não nos destrua! beijooo
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