quinta-feira, 19 de março de 2009

Eu, o amor, a poesia e outras cositas mais

Essa semana fui ombro amigo para meus amigos; dei minha cara à tapa e apanhei; pedi perdão e perdoei e procurei versos de conforto para mim e para os outros.
Ah!O que seria desse mundo se não houvesse poesia?Eu não consigo nem imaginar!Os valores já estão tão deturpados mesmo com a poética estando presente nos livros e nos olhares. Se não existissem as letras e as músicas, só haveria maldade.


Eu e minhas madrugadas insones e a companhia da amiga via MSN tem me levado a tentar corporificar as minhas idéias latentes, porém, a linguagem é limitada e eu não consigo extrair todas as minhas verdades e mentiras encubadas no pensamento.
Estou estudando esse mês a poética de Florbela Espanca e a de Manoel de Barros em disciplinas distintas, me identifiquei mais com Florbela, talvez por ser uma leitura mais fácil de s compreender, no entanto não menos repleta de substância e essência.Acho até que escolhi o nome da minha filha, se eu tiver uma...na minha família a predominância é feminina, meu pai tem três netas, eu sou a única que não lhe dei uma ainda.Será que terei meninos só porque prefiro as meninas?Enfim... isso não vem ao caso agora, só daqui há uns três ou quatro anos, ou nunca!


Voltando para a poesia... seguindo a vertente de Florbela que no presente momento me inspira, sou muito grata a essa mulher, aliás todas as mulheres deveriam ser, ela foi uma revolucionária, enfrentou a sociedade machista e foi tudo aquilo que achou que poderia ser.Matou-se, quando descobriu seu coração falido, creio que deu cabo de sua própria vida, pois depositou a condição de felicidade em outrem, achou que a plenitude estaria presente em um amor, em alguém que pudesse compartilhar a vida.Não achou, casou-se algumas vezes e partiu sem sucesso amoroso.


Abro um parêntese e afirmo categoricamente: “o amor não depende do outro que nos acompanha, depende de nós, não de maneira narcisista, ninguém casa-se com o espelho, o amor depende da maneira com a qual tiramos as pedras do caminho, da capacidade de sorrir sem vontade e de chorar com gosto e orgulho. O fim faz parte do processo, que valor teria o nascimento se não houvesse a morte?”
Todos os homens são mortais assim como o amor, não quero ser um Judeu errante, gosto de ser efêmera e distante, silenciosa e falante, gosto do que não se define. Como diria Clarice: “Eu sou uma pergunta!”
Descobri mais uma semelhança com Florbela... ela disse em um poema:

“ E nunca em meu castelo entrou alguém” (Castelã da tristeza)

Eu não espero por isso, no entanto, continuo a cultivar as tranças.

Um comentário:

  1. Gosto da sua maneira feminina de descrever coisas e pessoas. :o)

    É gatann, acho que você vai ter a missão de dar meninos para essa família. Porque eu e CH... Somos fabricantes de garotas, mas tenho certeza que ainda boto um boy bem massa, nessa terra.

    Sei bem como é ter insônia, e melhor, ter uma amiga-insone-companheira-de-msn, e sou PHD em dar ombro amigo, as vezes esqueço até de mim. Mas é isso aí, a vida é doação. All you need is love!

    Continue poeticamente postando aqui.
    To adorando!!!!

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